Dona Luiza está de parabéns.
Foi levar roupas aos mais pobres, aqueles que não tem
acesso aos bens de melhor qualidade, especialmente agasalhos em tempos de
inverno. Ela fez algo que não se via há muito tempo: uma primeira dama indo até
o local onde estavam os necessitados, apertar-lhes a mão, conversar com eles,
ouvir suas reclamações.
Ela foi até o local de
trabalho de pais e mães de família, que dependem de seu salário para sustentar
uma casa e que ao final do mês veem que lhes falta o mínimo necessário para dar
conforto à sua família. Homens e mulheres que ali trabalham tem de complementar
sua renda fazendo “bicos” que vão bem além das 44 horas semanais, ou seja, o
tempo que supostamente seria gasto semanalmente para um trabalhador ganhar o
suficiente para viver dignamente com sua família é apenas parte da jornada
desses trabalhadores.
Certamente os agasalhos
distribuídos por Dona Luiza ajudarão esses trabalhadores, pois lhes poupará o
que seria gasto com esses produtos.
Enquanto abstração está tudo
muito comum numa sociedade do mundo ocidental, mas aí vem o fato concreto que
nos traz um problema a ser discutido.
Esses trabalhadores são
servidores públicos, cujo ordenado mensal e os benefícios inexistentes são
definidos por um grupo de pessoas comandado pelo marido de Dona Luiza, o
prefeito Pupin.
Ora, sendo Dona Luiza uma
pessoa de tanto destaque na sociedade e tão preocupada com o bem-estar desses
servidores, nada melhor que pôr-se ao seu lado na sua luta por melhores
condições salariais e conquista de benefícios. Muito mais do que receber
doações para sua família, o trabalhador gostaria de ser decentemente remunerado
e com seu salário prover todo o necessário aos seus.
Como diria algum ativista do
Facebook: #ficaadica.